Encontramos na internet, e necessitamos de uma leitura atenta, porque a 
sutileza transforma o dito pelo não dito, e acaba, mascarando pontos que 
não deveriam estar mascarados.
Temos a figura emblemática de Josias de Souza, inteligente, sagaz, e que 
sempre tem em seus comentários pontuais, ora uma visão desembaçada, 
lúcida e pronta a clarear os acontecimentos, ora uma visão que tenta a 
todo custo, não sei bem por qual motivo, enegrecer pontos, sem motivo 
aparente.
Desta feita, o texto que tem o título de: "Brasília opera como se 
desejasse acordar a rua", poderia muito bem ser considerado um ensaio 
surreal e dessa forma, até mesmo ficcional.
Se esse texto tivesse vindo à luz a 20 anos mais ou menos, poderia ser 
considerada uma obra de ficção, porém, infelizmente, não passa de uma 
realidade, embora maquiada.
Vou colocar o texto aqui, para que muitos mais, tenham a oportunidade de 
entender um pouco a que me refiro.
Eis o texto: "A roubalheira não atingiu o estágio epidêmico no Brasil 
por acaso. A oligarquia política e empresarial tornou-se corrupta porque 
a corrupção tem defensores poderosos no país. Feridos, os paladinos da 
imoralidade estavam recolhidos. Jogavam com o tempo. Festejaram em 
silêncio a volta das ruas para casa. E passaram a sonhar com a chegada 
do momento em que a Lava Jato se tornaria um assunto chato.
A julgar pelo rebuliço que se observa em Brasília, o grande dia chegou. 
Os cavaleiros da velha ordem estão de volta. Movem-se com desenvoltura 
incomum. É como se planejassem tirar o atraso. Já nem se preocupam em 
maneirar. Perderam o recato. Há poucos, muito poucos, pouquíssimos 
inocentes em cena. Juntos, culpados e cúmplices compõem a maioria."
Observem  a clareza da radiografia, de fato o Brasil vive um estágio 
epidêmico no que se pode desenhar um quadro criminoso, de uma sociedade 
que se equipara a um estado sociopata, no exercício cleptocrata de um 
autoritarismo, quase sem precedentes, ao menos na história recente do Pais.
Vê-se a sagacidade de Josias, que percebe de onde vem e para onde vai a 
classe que coordena a criminalidade, e justamente por encontrar no seio 
social, dentro de uma estrutura democrática, não somente os batedores de 
carteiras, demais membros das quadrilhas organizadas e os assassinos de 
aluguel, como também, aqueles a quem cabe o exercício da defensoria 
destes criminosos, proporcionando a liberdade e a soltura necessária 
para o fiel cumprimento da delinquência organizada.
Imaginou-se por um momento que as coisas poderiam chegar a bom termo, e 
em prol do cidadão trabalhador e pagador de impostos.
Qual o quê? A delinquência, a cada momento, move-se com desenvoltura, 
como se estivesse de fato em uma ação que fosse a favor do cidadão de bem.
Já não existem limites e as ordens são dadas, e as armadilhas aos 
paladinos justiceiros são armadas, de forma descarada e sem o menor rubor.
Bloqueia-se a Lava-Jato e todos os passos das pessoas que tentam de 
alguma forma dar continuidade à mesma. Muito pouco falta, ou quase nada, 
para que se prenda Moro, Dalagnol, Bretas, entre outros, porque a 
soltura dos verdadeiros delinquentes, tornou-se a regra.
"Na comissão especial que se incumbiu de examinar a medida provisória 
870, que remodelou os ministérios ao gosto de Jair Bolsonaro, o esforço 
anticorrupção recebeu duas pauladas. Primeiro, deslocou-se o Coaf da 
Justiça para a Economia. Poder-se-ia alegar que a volta atrás seria 
tecnicamente justificável. Mas a segunda cacetada deixou evidente o que 
se passava na comissão.
Aprovou-se uma emenda-jabuti que restringe a atuação dos auditores da 
Receita Federal, afastando-os do Ministério Público. A turma do Fisco 
terá de se ater aos crimes tributários. Se esbarrarem em indícios de 
corrupção, lavagem de dinheiro e toda sorte de delitos, os auditores não 
poderão se reportar diretamente ao Ministério Público, como fazem hoje. 
O compartilhamento dos dados só será admitido mediante autorização 
judicial."
Uma tentativa tímida de remodelagem da nação, recolocando-a nos trilhos 
do desenvolvimento, da ordem e do progresso, foi iniciada com a vitória 
da chapa Bolsonaro/Mourão.
Em uma sociedade democrática, existem leis que determinam que a chapa 
vencedora, tenha a condição de trazer o projeto pelo qual foi eleita e 
que dentro dos limites da lei, consiga fazer com que as coisas possam ao 
menos sair do papel. Especialmente, quando alguns pontos já começam a 
mostrar sinais de revitalização.
Estradas sendo recuperadas; índice de criminalidade tendo queda 
vertiginosa; investigações encontrando e desmantelando verdadeiras 
quadrilhas escoradas nos porões do poder; a verdadeira farra do boi, 
sendo desmontada a olhos vistos; investigações levando à prisão pessoas, 
que por conta de suas atitudes, estavam de fato desmantelando a nação 
como um todo...
Bem... Mas os donos do poder, não podem deixar que as coisas sigam em 
frente, porque, pelo andar da carruagem, fatalmente se chegará a 
inúmeros poderosos, até então intocáveis.
Aqui no texto de Josias, começa-se a perceber que o olhar cirúrgico com 
que analisa os fatos, resvala em uma talvez visão preconceituosa (quero 
crer), que não quer aceitar o Bolsonaro como presidente.
Leio aqui uma frase que traz um "que remodelou os ministérios ao gosto 
de Jair Bolsonaro", ao mesmo tempo que percebe algo de grande e medonho 
que se desenha: "restringe a atuação dos auditores da Receita Federal, 
afastando-os do Ministério Público. A turma do Fisco terá de se ater aos 
crimes tributários. Se esbarrarem em indícios de corrupção, lavagem de 
dinheiro e toda sorte de delitos, os auditores não poderão se reportar 
diretamente ao Ministério Público, como fazem hoje."
Penso que Josias queria dizer uma coisa, embora vendo outra...
"Ah, que maravilha! A corrupção passa pelo portão dos fundos, sobe pelo 
elevador privativo, encontra a porta aberta e entra sem bater. A 
fiscalização marca hora e toma chá de cadeira na antessala. Esbarrando 
em algum crime, fica de bico calado, redige um requerimento à chefia, 
que envia um ofício ao Departamento Jurídico, que entrega uma petição ao 
juiz, que produz um despacho qualquer quando bem entender."
O desenho feito por Josias não poderia ser mais claro, mostrando a 
corrupção que passeia pelos prédios na esplanada, de forma desenvolta, 
nua e crua.
E permite que vejamos em suas linhas, de forma clara, a maneira como 
hoje trabalha o STF.
Penso que um certo receio de virar alvo do STF, ou de desagradar algum 
dos poderosos de plantão, é que fez com que Josias amenizasse em sua 
paleta de cores.
"O secretário da Receita Federal, Marcos Cintra, chamou a manobra pelo 
nome próprio numa postagem no Twitter: "Mordaça", ele anotou. "É 
incrível uma lei proibir um auditor fiscal de comunicar ao Ministério 
Público a suspeita de um crime, conexo ou não a um crime tributário 
investigado. Isso é uma obrigação de qualquer cidadão. Uma mordaça está 
sendo colocada na Receita Federal…"
Não bastou que visse que o próprio Marcos Cintra desse nome aos bois, 
Josias, parece anestesiado e por isso propenso a acalmar seus próprios 
ímpetos jornalísticos.
"Na outra ponta da Praça dos Três Poderes, o Supremo Tribunal Federal 
decidiu que as Assembleias Legislativas, a exemplo do que sucede com o 
Congresso Nacional, têm poder para reverter decisões judiciais 
desfavoráveis aos deputados estaduais. Podem anular ordens de prisão, 
rever medidas cautelares e até suspender ações penais. Na prática 
institucionalizou-se o modelo baseado na regra número um do 
corporativismo: uma mão suja a outra.
Como se fosse pouco, o Supremo validou o decreto de indulto natalino 
assinado por Michel Temer em 2017. Coisa fina: inclui no rol dos 
beneficiários condenados por corrupção, peculato, concussão, tráfico de 
influência, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha, etc. Coisa 
generosa: perdão de 80% da pena e 100% das multas. Tudo isso no mesmo 
dia em que Temer foi recolhido à prisão pela segunda vez no âmbito de um 
processo em que é acusado de chefiar organização criminosa."
Ele pinta o quadro tal qual se vê e mostra a Praça dos Três Poderes, o 
STF, e percebe que os ratos se movimentam com desenvoltura pelos canais 
de esgotos a céu aberto, no metro quadrado mais caro e corrupto de nossa 
nação, o Distrito Federal.
Sagaz como só ele, deixa claro que o que vê é uma regra, conhecida até 
pelas crianças: "lava uma mão, lava a outra...", ou, como ele mesmo diz: 
"uma mão suja a outra"
"Aos pouquinhos, o pedaço do mapa de Brasília por onde transita o Poder 
vai recuperando aquele velho formato de forno —um forno de assar pizzas. 
Eleito como capitão de uma nova ordem, Jair Bolsonaro diverte-se 
distribuindo portes de arma. Simultaneamente, divide ministérios em dois 
para tentar, sem sucesso, saciar o apetite de aliados.
Quem olha de longe fica com a impressão de que Brasília é movida pelo 
desejo inconsciente de acordar a rua. Tomara que consiga. Só o meio-fio 
pode salvar o Brasil dos defensores da imoralidade."
E o texto seguia, digamos, mais ou menos, até que, de uma maneira um 
tanto grosseira, sugere que Bolsonaro (que foi quase morto por conta 
desse projeto que ora apresenta), esteja se divertindo e distribuindo 
portes de armas.
Percebo uma irresponsabilidade aqui, que eu veria em muitos esquerdopatas.
Resta a pergunta: "A quem interessa essa desinformação meu caro Josias?
Ele não foi eleito "capitão de uma nova ordem", como você o qualifica. 
Capitão ele o é, por força de seu passado na caserna, e não se trata de 
uma nova ordem; qualquer pessoa que algum dia tenha lido a nossa 
Constituição Federal, entende, que a única coisa que esse novo governo 
está fazendo, é apenas a recolocação do País, nos trilhos corretos, por 
onde deveria estar andando desde sempre.
Além disso, ignora Josias que Bolsonaro não dividiu ministérios para 
saciar apetites? O objetivo foi sim, e justamente o de enxugar a máquina 
administrativa, que da forma como estava, (aliás desenhada por Lula, 
Dilma e caterva), demandava um alto custo e a deixava sem freios e sem 
condução.
Seu texto estava indo bem, você o descarrilou, e sinceramente, fico 
entristecido, porque você não precisa mais fazer rapapés a quem quer que 
seja. Além do fato de que este momento, requer mais coragem, do que essa 
servilidade ignóbil nesse texto apresentada.
(Josias de Souza - 11/05/2019 - Blog Josias de Souza da blogosfera do 
uol sob o título: Brasília opera como se desejasse acordar a rua)
(ap. Ely Silmar Vidal - Teólogo, Psicanalista, Jornalista e presidente 
do CIEP - Clube de Imprensa Estado do Paraná)
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Mensagem 140519 - O servilismo a todo vapor - (imagens da internet)
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quarta-feira, 15 de maio de 2019
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